Vivemos nossas vidas em estágios, que somados definem nossa personalidade, nossa essência, nossa caminhada à partir das experiências que acumulamos. Experimentamos sensações, situações, eventos, acontecimentos. A história que vamos construindo com o passar do tempo nunca é só a MINHA ou a SUA história. Pessoas nos ajudam a escrever cada linha do livro da vida, recheados dos mais diversos momentos, alegres ou tristes, bons ou ruins, inesquecíveis ou não. Mas são poucas as pessoas que nos ajudam a escrever uma história de amor. São poucos (talvez um só ???) capazes de escrever A História de Nós 2. A forma como tudo acontece, um detalhe ou outro, pode variar, mas a essência do enredo é sempre a mesma. E é essa essência que podemos ver e talvez reconhecer no espetáculo estrelado por Alexandra Richter (atual companheira de cena de “Jorginho” e “Pedrão” no seriado dominical Os Caras de Pau) e Marcelo Valle (O que atura a Eunice em Insensato Coração).
A peça retrata a história de um casal que se ama mas que, assim como qualquer outro casal, enfrenta crises no casamento. A rotina, a chegada inesperada de um filho, a saudade dos tempos de solteirice, e as outras personalidades que descobrimos coexistir dentro de nós e que se manifestam ao longo do tempo, são alguns dos motivos corriqueiros que podem fazer com que o casamento enfrente algumas turbulências e o dividem em início, meio e fim (ou não).
Tenho 22 anos e até agora só conheço o início e o princípio do meio d’A História de Eu 1, mas com o um caderno aberto, esperando a pessoa que vai trazer o lápis e me ajudar a escrever a história de nós dois, seja lá quem sejamos esse nós. (Sinais claros do efeito romântico causado pela peça).
O espetáculo está em cartaz há 2 anos e meio no Rio de Janeiro e se despede na semana que vem (depois vai para São Paulo) com mais 4 apresentações (Qui, Sex, Sab e Dom) no teatro Miguel Falabella, sempre às 20h. O texto é assinado por Lícia Manzo e a peça é dirigida por Ernesto Pícolo.
Hoje, 23 de Julho de 2011, o mundo perdeu um de seus ídolos mais marcantes. Amy Winehouse ultrapassou as fronteiras londrinas e levou sua voz para o resto do planeta. Pra nossa sorte. Uma voz inconfundível, e um talento musical notável. E seu talento não era apenas no canto, Amy compunha suas próprias músicas e ficou mais conhecida com o sucesso do segundo disco lançado em 2006, Back to Black, e a música de maior expressão foi Rehab, onde ela “brinca” com seu vício em álcool e drogas.
Amy já vinha passando por momentos difíceis em sua vida pessoal em conseqüência da sua dependência e isso se refletiu fortemente na sua carreira que deu uma estagnada. Ainda assim, em Janeiro desse ano ela fez uma turnê pelo Brasil e sua passagem por Florianópolis mostrou uma Amy pontual e equilibrada. Inclusive, cada vez que Amy dava uma bicadinha na garrafa de água mineral, era motivo de comemoração e aplausos dos fãs. Já nas outras capitais pelas quais passou uma pitada da louca Amy temperou sua passagem por aqui. Com direito a cusparada em jornalistas e fãs, atraso de 20 minutos em São Paulo e tentativas de manobras mal-sucedidas durante o show no Rio de Janeiro.
Amy Winehouse fez uma breve porém simbólica passagem por essa vida. 27 anos (e a tal maldição persiste) foram suficientes para deixar sua marca e não ser esquecida nunca mais. (Mas bem q podia esperar mais um pouquinho NE !?)
É um sábado à noite .. aniversários e festas acontecem sem mim .. não me sinto bem .. sem mais o que fazer para animar minha noite procuro um filme em um canal qualquer .. encontro o canal VIVA .. vai começar um filme nesse momento . .paro .. vejamos do que se trata ...
Com alguns minutos de filme comecei a achar que meu sábado estava realmente perdido . .totalmente perdido .. Até então só vi uma mulher, dentro do seu apartamento, esperando alguém chegar enquanto prepara o jantar e fala com sua amiga ao telefone .. eis que o convidado chega .. e filme passa a ser a mulher e o homem, no apartamento, em um jantar que não deu certo .. Pensei: “o filme vai ser todo dentro desse apartamento ?” .. E FOI ... Mas pra minha surpresa, esse detalhe junto ao fato de que a tal mulher, Fanny, e o tal homem, Paul, eram os únicos personagens que apareciam ao longo de todo o filme (dos outros 4 só conhecemos a voz), não atrapalharam em nada o seu valor.
“Me diz se sou bonita?” conta a história de Fanny (Marina Foïs), que está na crise dos 30, se sentindo velha, acabada, sozinha e convida um colega de escritório para jantar e ver se dá uma agitada na sua vida sexual. Especialmente hilária, toda atrapalhada, Fanny é uma personagem linda. Paul (Julien Boisselier) é o amigo do escritório que chega para jantar sem grandes intenções, mas que até o fim da noite acaba descobrindo que sua presença ali não é por acaso. É uma história linda, romântica, permeada de diversos momentos engraçados. Um filme leve, simples, e que toca você como poucos. Talvez seja esse o clima que se sente quando se está na França (tomara que eu descubra logo).
Existem dois momentos, dentro de uma mesma cena, que são os mais marcantes do filme pra mim. Paul fazendo uma coreografia conteporânea e Fanny cantando uma de suas composições no melhor estilo voz e violão. Esse último me fez arrepiar. Segue o trecho .... Não consegui a versão legendada então pode ver a letra aqui.
“Trentenaire Et Célibataire”
Escrita por Martine Fontaine & Rémi Le Pennec
Interpretada por Marina Foïs
Notinha de rodapé: “Me diz se sou bonita?” (J'me sens pas belle) é uma produção Francesa do ano de 2004 e dirigida por Bernard Jeanjean.
Um jovem muito belo, vivia na Londres do século XIX quando conheceu um artista que quis fazer um retrato seu. Dorian Gray, era possuidor de uma beleza encantadora que inspirou Basil Hallward à realizar sua obra. Nesse meio tempo, um amigo de Basil, Henry Wotton, conhece Dorian e também se encanta por sua beleza. Eis que o retrato fica pronto e é super elogiado por tamanha a semelhança com o Gray de verdade. Henry comenta que Dorian tem tudo o que ele precisa na vida, juventude e beleza, e enfatiza que somente a sua imagem na tela é que terá o privilégio de ser detentora de tais qualidades para sempre. Esse comentário desperta no jovem inglês uma preocupação inquietante que acaba levando-o a vender sua alma em troca de manter sua beleza e juventude enquanto a imagem do quadro sofreria as conseqüências do tempo em seu lugar. O que acontece é que Dorian Gray fica deslumbrado com a fato de que o quadro está envelhecendo enquanto ele permanece bonito e jovem e começa a perder a noção. Leva uma vida de libertinagem e maldades, seduzindo a todos a sua volta e com a cara de anjinho mais lavada do mundo. Um cara-de-pau. As conseqüências dessa vida “torta” são catastróficas ... para todos.
Oscar Wilde (1854-1900) escreveu essa história em 1890 para a publicação de uma revista. Mas ele gostou tanto que resolveu ampliar a história e lançou 1 anos após o livro “The Picture of Dorian Gray” (O retrato de Dorian Gray). Na época Wilde foi muito criticado pelo conteúdo homoerótico contido em sua obra, mas isso não diminuiu o sucesso alcançado e fez de sua publicação um clássico. Li no ano passado uma edição do livro feita pela editora Abril. Adorei a história e descobri que já tinha sido levada ao cinema por uma total de 16 vezes. Entre elas estão as mais expressivas em 1910 (a primeira), 1945, e a mais atual lançada em 2009. Essa última acaba de chegar (2 anos depois) aos cinemas brasileiros (e apenas em 4 salas no Rio de Janeiro) e eu não podia deixar de conferir.
Já fui ver o filme esperando não encontrar toda a riqueza de detalhes e emoção que encontramos nos livros. Já sabemos que é sempre assim. Alguma coisa parece fora do lugar, outra totalmente distorcida, mas é mesmo complicado ser totalmente fiel ao livro. Mas para minha boa surpresa, adorei o filme. Mesmo começando com uma diferença gritante nas características físicas do protagonista, que no livro é loiro, cabelo cacheado e olhos azuis, e no filme é representado por Ben Barnes (O Príncipe Caspian de Nárnia) com suas madeixas negras e lisas e olhos também negros, mas nada que destruísse a poética da história. Barnes deixa a desejar ao fazer a versão “Black Swan” de Dorian mas traz uma atuação que eu considero boa. Nada espetacular, mas, boa. Ele divide a cena com Colin Firth, que vive o cínico e safadinho Henry Wotton e Ben Chaplin, que faz o pacato pintor Basil Hallward que protagoniza a única cena homossexual do filme (eu particularmente acho que se esses dois trocassem os papeis o resultado seria mais interessante).
Em 2004 surgia no México a novela Rebelde. Os protagonistas da trama,Anahí (Mía),Poncho (Miguel),Dulce Maria (Roberta), Christopher (Diego), Maité (Lupita) e Christian (Giovani), viriam formar mais tarde o grupo RBD que virou febre no mundo inteiro, ganhando inclusive milhares de fãs brasileiros. Ok ok, você pode estar pensando ... “mas que merda heim” .. rsrs .. Mas acontece que, quando o grupo estourou no Brasil, euzinho tinha 16 para 17 anos (um adolescente) e era sim, um fã declarado da banda. Fui capaz até mesmo de enfrentar uma fila DAQUELAS pra comprar ingresso pro show deles no Maracanã em 2006. Em 2009 o grupo lançou seu quinto CD, “Para Olvidarme de Ti”, marcado como o CD de despedida, após o lançamento de outros 4 discos em espanhol, além de suas versões em Português e uma em Inglês. Ao final da carreira da banda eles já haviam vendido mais de 10 milhões de cópias no mundo inteiro e tinham lançado 6 DVDs, sendo 2 deles no Brasil (Rio de Janeiro e Brasília).
Mas a questão é a seguinte. Dois anos depois do fim da banda, cada integrante seguiu com sua carreira solo, tendo se destacado mais Anahí Portillo e Christián Cháves. Aproveitando que a maré está para peixe, os dois embarcaram juntos em um novo trabalho. Paralelo ao que ambos já vem fazendo sozinhos nos palcos, eles gravaram em parceria um novo single chamado “Libertad”. Christián é hoje assumidamente gay e Anahí é uma declarada ativista em prol dos direitos LGBT. A música gravada por eles fala exatamente dessa libertação alcançada pelos gays ao se assumirem para a família, para os amigos e para a sociedade em geral, lançando a ideia de que isso faz parte de uma busca pela felicidade de cada um. Temos o direito de ser livres e de ser quem somos sem ter medo do que “os outros” vão pensar.
Vejo a iniciativa dos dois com bons olhos, não só pelo ponto de vista gay da coisa, mas por se tratar de uma mensagem ao mundo de que todos somos iguais e devemos respeitar uns aos outros independente de qualquer coisa. Não é de hoje que essa bandeira é levantada e é cada vez mais comum encontrarmos discussões a respeito. Inclusive com a presença cada vez mais constante e mais expressiva de núcleos gays em novelas brasileiras por exemplo. Ainda que o tão polêmico “beijo gay” ainda não tenha acontecido. Acho que todas essas mobilizações são como uma colher de pau, que está mexendo a população mundial como um todo dentro de uma vasilha e fazendo, mesmo que aos poucos, com que nos tornemos uma massa cada vez mais homogênea e eu estou louco pra que chegue logo no ponto.
Durante o carnaval desse ano foram muitas as fantasias inspiradas (não necessariamente boas) no figurino de Natalie Portman no filme Black Swan. Filme este que inspirou também esse trocadilho infeliz que eu criei em algum momento de bebed. .ops..descontração . Mas a questãoé que eu via muita gente caracterizada como a personagem, muita gente comentando o quanto o filme é bom e ainda a Natalie ganhando o Oscar de melhor atriz por ele sem que eu o tivesse assistido ainda. Passada a euforia do carna, e aproveitando um dos raros momentos livres que costumo ter, fiz uma programação mais cultural no último domingo (21) e fiz uma combinação entre a visita à exposição do Escher e um Cisne “Pretinho” básico.
Já saí do CCBB com um pouco de dor de cabeça (Ai burro, fez tanto esforço assim pra entender a exposição ??? ) e isso me deixou preocupado pois já tinha uma vaga noção de que Cisne Negro é um filme que faz pensar, e não queria perder nenhum detalhe. Mas consegui tomar um remedinho e comer um salgadinho (não sei o que me curou de fato) e em poucos minutos estava pronto para assistir à tão desejada película. Pipoca na mão, guaraná na outra, e nenhum lugar pra apoiar a latinha na sala do Estação Botafogo (prontofalei), e lá estávamos eu e minha amiga Lú quietinhos quando o filme começou.
O filme é realmente muito bom ... bom demais. Mexe com a nossa compreensão do que é real e do que não é, fazendo até mesmo em alguns momentos, com que eu me sentisse de volta à exposição de Escher. “Será que na verdade tudo é realidade ???” É preciso manter os olhos grudados na tela pra não perder nenhum detalhe ... nem mesmo aquele que eu perdi na hora que cochilei (resquícios da dor de cabeça). Mas mesmo com esse pequeno vacilo, destaquei alguns momentos que para mim, foram os pontos altos desses 108 (105 talvez) minutos de Black Swan:
·Natalie – Nat (minha amiga) vem com uma atuação surpreendente. Ela está simplesmente perfeita no papel, e não por menos levou todos os prêmios de melhor atriz para os quais foi indicada (num total de cinco), estando entre eles o mais pomposo de todos, o Oscar. Inclusive o filme foi indicado em vários festivais, em várias categorias, como melhor filme e melhor direção mas quem deu um show mesmo foi Natalie. Ela é visceral na interpretação, tanto da louca Nina normal, quanto quando se transforma em cisne branco e negro;
·Sexy – uma das características que chamam a atenção no filme são as cenas quentes protagonizadas por Portman, Vincent Cassel e Mila Kunis. Era uma com um .. uma com uma .. um com a outra, um troca troca danado que deu uma apimentada na trama, principalmente a polêmica (e por muitos esperada) cena de Natalie e Mila se pegando. E essa última me surpreendeu, pois eu esperava muito menos .. mas enfimmm.... aaahh . .calma . .quase ia me esquecendo da cena do velhinho que se insinua pra ela no trem .Com direito a linguinha e tudo. Nojento demais . . é . .era melhor ter esquecido mesmo essa parte ... passemos adiante;
·X-MEN – Não, impossível não pensar em X-MEN logo na primeira vez em que Nina percebe os arranhões nas costas. Era como se eu estivesse vendo uma releitura da cena daquele menino anjo que aparece no 2º filme (eu acho) da saga dos super mutantes, que corta as asas para o pai não descobrir que era um “deles”.Ou então quando ela arranca uma peninha das costas e está com o olho vermelho. Isso não me lembra nenhum mutante, mas que é estranho é. Mas o mais legal mesmo é quando .... aff . .pessoas que ainda não viram o filme podem estar lendo esse post e não quero estragar a surpresa. Mas tem um momento que é muuuuuuito X-MEN. Ela é um deles. É A CISNE NEGRO. Maneiríssimooooooo. Esses momentos são o que deixam o filme mais tenso.
·E pra mim o melhor de tudo, graças a Deus, foi o final. Também não tenho como contar, mas quando você vir o filme e quem já viu, vai entender se eu disser que foi absolutamente PERFEITO. Se fosse de qualquer outra forma seria ridículo. Tenho dito. =)
É isso. Maravilhoso filme para assistir, se emocionar, se assustar, dar inúmeros pitacos errados e tudo mais. =)
Notinha de rodapé: Tem certeza de que essa blusa Black não é Delaann e nem Minhaaann ??? Ok . .delete essa parte . .
Quero na verdade aproveitar o assunto para mostrar um vídeo que me emocionou demais há um tempinho atrás. Um menino interpreta A morte do Cisne em Street Dance, fazendo uma releitura surpreendentemente linda. Gostaria que vissem também ....Deliciem-se ....
- Vamos no CCBB essa semana, tá tendo uma exposição dos trabalhos do Escher ???
Ao que eu “sabiamente” respondo:
- Não sabia que o Usher era artista alem de cantor !!!
Pasmem, eu deixo. No alto de minha total ignorância, fui capaz de proferir uma asneira como essa. Rsrsrs. Mas, desfeito o inicial engano, descobri posteriormente do que realmente se tratava a exposição e no último domingo (20) fui conferir de perto, essa que vem causando tanto alvoroço em todos que conheço. Muitos amigos já vinham comentando a maravilha que é o trabalho desse homem que se destacou por suas gravuras, desenhos e instalações que desafiam nossa compreensão da realidade. Ao chegar no CCBB, pude sentir o quão procurada tem sido essa exposição. Uma fila quilométrica se formava no saguão principal em frente a Livraria da Travessa, passando por baixo da cúpula central e ganhando as escadas até que pudéssemos enfim, chegar às obras.
M. C. Escher (não, ele não era um MC, trata-se de Maurits Cornelis Escher .. seu nome completo) brinca com a nossa percepção ao criar certos fenômenos estranhos, que muitas vezes não conseguimos compreender assim que olhamos, pede uma atenção especial. Desde suas gravuras até suas instalações, o talento de Escher (1898-1972) chama o nosso olhar o tempo inteiro, uma pena que estivesse tão difícil de atender a esse chamado por muito tempo com aquela quantidade de gente querendo ver as mesmas coisas ao mesmo tempo (lê-se SUCESSO).
Nas suas gravuras, o nosso MC usava as técnicas de linóleogravura ( oi ?), Xilogravura (eu já fizzzz) e litografia. Os resultados que ele alcança são incríveis, e a forma como a curadoria dispôs as xilos e as litos, foi bem interessante. Ao intercalar uma e outra, proporcionou um claro entendimento dos diferentes efeitos que cada uma delas causa. A xilogravura parece um desenho animado em PB, enquanto que na litografia temos a impressão de que ele usou grafite ou carvão para desenhar, uma riqueza maior em termos de luz e sombra. Bem interessante.
O quesito instalações rouba a cena . Muito mais grandiosos e interativos (e legais), são a sensação da exposição. A começar pela casinha lá da perspectiva que faz você parecer um gigante ou um anãozinho fofo, dependendo do cantinho que escolher para ficar. Além dessa, outra obra, ou melhor, obras que me chamaram a atenção, foram os quadros com movimento no “Passeio por Amsterdã”. Eu e minha amiga Lu ficamos como dois idiotas, indo e voltando pra ver os movimentos dos peixinhos, das peças de xadrez, hahahahaha, muito bom. Agora, pára tudo. A mais sensacional na minha opinião, era a “Sala do Periscópio”. Era muito bom interagir com as pessoas do outro lado do espelho (impossível explicar com palavras do que se trata, vai lá pra entender .. rs). Todo mundo sempre meio sem graça, sem saber se retribuía o tchauzinho carinhosamente recebido pelo fulaninho que acenava sobre sua cabeça. Nosso artista holandês encontrou ótimas maneiras de desafiar o possível, ou melhor, o impossível, e arranca de qualquer um alguma emoção, com uma ou outra obra, mas sempre consegue causar emoção. Até mesmo a sensação de que enfrentei uma “filinha” à toa quando entrei na “Casa de Escher”. Entrei e pensei: Ahn, e aí ?? Cabo ?? rsrs .. Mas, se você ainda não foi apreciar esse monstrinho, corre lá. Experimente Escher. Vale super à pena.
Notinha de rodapé: A exposição “O Mundo Mágico de Escher” espera por você e sua família até o dia 27 de Março (próximo domingo .. correeeeeee) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ) situado na Rua 1º de Março – 66 – Centro do Rio – (21) 3808-2020.
Os versos que iniciam a canção “Novo Amor” de Edu Krieger e interpretação doce de Maria Rita, resumem bem meu sentimento em relação ao carnaval que se passou. Como muitos gostam de dizer (e eu sou desses) o ano só começa de verdade depois do carnaval. Por isso nessa segunda-feira a vida de todos nós volta ao normal e o carnaval vai deixando uma pontinha de saudade.
Mas você muito se engana se pensa que digo isso pensando na diversão, curtição e ferveção que vem de brinde quando chega a tão esperada “festa da carne”. O que particularmente vai me deixar um gostinho de quero mais, vai ser a experiência incrível que tive ao trabalhar, pela primeira vez, dentro do carnaval, para o carnaval. Como parte de uma equipe enviada pela Cenografia Clécio Regis – Pintura de Arte (onde euzinho estou estagiando) ao barracão da Imperatriz Leopoldinense, na cidade do samba – Gamboa, Rio de Janeiro – pude dividir momentos de descoberta, aprendizado e descontração com verdadeiros artistas.
Me formando em Junho no curso de Licenciatura em Artes Visuais, tem sido maravilhoso pra mim descobrir o mundo da cenografia e em especial o trabalho da cenografia no carnaval. Inclusive, não foi à toa que Cenografia de Carnaval foi o tema que escolhi pra defender no meu Trabalho de Conclusão de Curso. Trabalhei no barracão da Imperatriz desde meados de Janeiro até início de Março, com a chegada do desfile. Essa vai ser minha principal inspiração ao escrever minha Monografia. Durante esse período, tive contato forte com o trabalho de pintura de arte de fantasias e principalmente carros alegóricos. Minha atuação maior nesse sentido foi mais modesta, emassando, lixando e queimando (pintando com uma cor base) esculturas de isopor e fibra. Meu trabalho maior de pintura de arte foi fazendo chapas de raio-x coloridas que adornaram o carro das doenças modernas da escola (inclusive foi desse meu trabalho que tirei a foto que hoje ilustra o plano de fundo deste mesmo blog).
Pude admirar de perto o trabalho dos escultores que transformam pedaços de isopor em verdadeiras obras de arte. É incrível acompanhar isso de perto. O trabalho de confecção das fantasias também é maravilhoso. A criatividade que envolve a utilização de materiais como espuma, plumas, arame, tecido, tudo junto e misturado, é demais. Inclusive, eu e mais um amigo (Caio) pintamos 4.000 bananas para compor as fantasias de uma das alas. Cansativo. O trabalho de adereço também é muito bom (apesar de ter perdido “alguns” pontinhos).
À princípio, quando cheguei e vi os carros alegóricos em construção, achei tudo muito feio, sem graça. Mas com o tempo tudo foi tomando forma, cor, movimento, e principalmente luz e foi ficando lindo. O projeto de iluminação ficou um espetáculo à parte. Peter Gasper, arquiteto e cenógrafo, nascido na Alemanha e famoso por iluminar Brasília e o próprio sambódromo do Rio de Janeiro, foi o responsável pela iluminação de todos os carros alegóricos da Imperatriz, que veio pra finalizar um trabalho de meses e dar, finalmente, muita vida à tudo aquilo. Agora me resta voltar pro galpão onde trabalho o resto do tempo e esperar o próximo carnaval. Enquanto isso, continuo desvendando os mistérios e surpresas que a cenografia ainda guarda pra mim. Que venham os próximos trabalhos. =)
Notinha de rodapé: A Imperatriz Leopoldinense foi a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval, 06 de Março, com o enredo “A Imperatriz adverte: Sambar faz bem à saúde” contando a história da medicina na avenida. A escola abocanhou o 6º lugar na classificação geral, o que garantiu sua volta no desfiles das campeãs nesse sábado 12.
Ela andava meio sumidinha, mas resolveu voltar pras paradas de sucesso e com ela trouxe uma grata surpresa. Jennifer Lopez lançou no último dia 3 durante o programa American Idol, no qual é jurada, o videoclipe de seu novo single “On the floor” do álbum “Love?”. Cheguei a ler algo sobre o lançamento do clipe, mas não tive muita curiosidade de cara para assistir. Pensei: É só mais uma música da Jennifer. Mas, essa semana resolvi parar e conferir.
Confesso que me arrepiei de cara quando ouvi aquela melodia que sempre mexeu comigo quando eu era criança e mexe até hoje. Descobri que a nova música da J-Lo é em parte uma releitura do clássico “Chorando se foi”, um grande sucesso nos anos 90 na voz de Kaoma. Essa lambadinha gostosa já empolga qualquer pessoa, até mesmo aqueles que de lambada nada entendem (como esse que vos escreve) e inserida num contexto POP na voz de Lopez ficou simplesmente sensacional. Prova disso é que atualmente o single da DIVA ocupa o 5º lugar da Billboard, dividindo o ranking das 10 mais com Lady Gaga, Rihanna, Kate Perry, Ke$ha e outros mais, o que mostra inclusive um quase domínio das DIVAS do Pop na respeitada lista de sucessos. É ótimo ver J-Lo entre elas.
Notinha de rodapé: “Chorando se foi” foi em 1990, trilha sonora do filme “Lambada, a dança proibida” do diretor Greydon Clark e com Laura Harring e Jeff James como protagonistas. O filme conta a história de uma brasileira que tenta salvar sua aldeia ameaçada pelos planos de uma multinacional americana. É através da Lambada que ela encontra uma forma de ser ouvida e enfim fazer a denuncia que pode salvar sua terra. Consegui ver esse filme apenas uma vez na vida quando eu era criança, no SBT, e me apaixonei por ele de cara. Está no meu TOP 10 sem dúvida. Isso faz com que seja especialmente prazeroso pra mim, ouvir Jennifer Lopez inspirada por essa música.